Após ser “abandonado” por colegas do grupo, Marcos Bandeira se une a vereadores de Pollyana e pode ser eleito Presidente da Câmara

A expressão conhecida de que na política até “boi pode voar” está cada vez mais atual em Pombal, onde fatos antes tidos como impossíveis estão sendo registrados com frequência.

O mais novo episódio envolveu a eleição do 2° biênio da presidência da Câmara Municipal de Pombal, após renúncia do cargo, de forma antecipada, pelo vereador Rogério Martins (MDB) que havia sido eleito em janeiro de 2021, mas alegando problemas de saúde decidiu não assumir.

Neste domingo (1° de janeiro), os parlamentares pombalenses novamente se reúnem para escolher o gestor do Poder numa disputa entre Marcos Bandeira (MDB) – cunhado do atual prefeito Verissinho – e Edno Dantas (PL), o mais antigo da Casa.

O que surpreendeu a muitos foi a “mistura” de ideologias em torno dos dois candidatos: Edno Dantas conquistou o apoio de quatro vereadores do MDB, aliados do atual governo municipal: Fábio Alencar, Rodolfo Vieira, Ana Isabele ‘Princesa’ e o próprio Rogério Martins, que “abandonaram” o colega de partido Marcos.

O posicionamento confirmou a fissura no grupo comandado pelo atual prefeito, que já havia sofrido a divisão durante a eleição geral de 2022, quando os mesmos quatros vereadores apoiaram Gilberto Linhares para deputado estadual, enquanto Verissinho pediu votos para Márcio Roberto.

Como contra-ataque, Marcos Bandeira articulou e conseguiu o apoio dos vereadores liderados pela ex-prefeita e deputada estadual, Pollyana Dutra, sua adversária histórica: Romero Freitas, Edini Evaristo, Marcos de Coatiba e Jorismar Cardoso ‘Telefaz’, todos do PL, além de João Leite Filho e Fábio Queiroga, do PSDB.

O atual presidente Beto Xau (MDB) disse no “Liberdade Notícias”, da Liberdade FM, nesta sexta-feira (30), que votará em branco.

Caso a situação não se altere, Marcos Bandeira será eleito com 7 votos, contra 5 de Edno Dantas.

Blog do Naldo Silva

FOTOS: Reprodução Câmara Pombal