Tribunal de Justiça mantém presos acusados de integrar quadrilha que explodiu carro-forte próximo a Lagoa

Dois suspeitos de fazerem parte de uma gangue autora de explosões a carros-fortes no Sertão da Paraíba vão continuar presos, após terem Habeas Corpus negados pelo Tribunal de Justiça.

Em julgamentos realizados na última semana, aos quais o Blog do Naldo Silva teve acesso ao teor, os Desembargadores analisaram os pedidos formulados pela defesa de Adriano de Lima Calado e Tarciano Ferreira dos Santos, que estão presos desde o dia 24 de outubro de 2019, na Operação Ladinos (saiba mais) realizada pelas polícias militar, civil e rodoviária federal em Pombal, Lagoa, Jericó e outras cidades do Estado.

Eles alegaram que estão sofrendo constrangimento ilegal em razão de não terem participado dos crimes e que possuem condições pessoais favoráveis, como serem réus primários, residência fixa e profissão definida.

De acordo com a investigação policial, o grupo teria sido responsável, por exemplo, pelo ataque ao carro-forte da empresa Prossegur, no dia 17 de julho do ano passado, entre Lagoa e Jericó (foto), de onde foram roubados R$ 1.317.078,00 (Confira).

Para o Relator dos recursos, Desembargador Arnóbio Alves Teodósio, a prisão dos suspeitos deve ser mantida para garantia da ordem pública, por conveniência da instrução penal e para assegurar a aplicação da lei penal, diante das provas de existência dos crimes e indícios de autoria.

“As provas indicam que os indivíduos são autores do crime de roubo em concurso de agentes e com emprego de arma de fogo e participam de uma organização criminosa para perpetração de roubos a bancos e carros-fortes”, destaca o magistrado, enfatizando que a ordem pública encontra-se ameaçada pela conduta dos acusados, o que enseja medidas enérgicas para restaurar a tranquilidade social, já assolada com os constantes roubos nestes municípios, que compõem a comarca de Pombal.

“Inclusive com o massivo pânico da sociedade em razão da elevada criminalidade, sendo oportuno consignar que a soltura dos suspeitos, nessas circunstâncias, gera na população sentimento de impunidade e descrédito nas instituições de combate à criminalidade. E não há nada mais danoso e nocivo à sociedade do que a liberdade de indivíduos que associada e reiteradamente praticam infrações criminais”, escreveu Arnóbio Alves em seu voto, sendo seguido pelos demais membros da Câmara Criminal da Corte de Justiça paraibana.

Blog do Naldo Silva

FOTO: Beto Silva/TV Paraíba