O juiz da 2ª Vara da Comarca de Pombal, José Emanuel da Silva e Sousa, não acolheu o pedido formulado pela defesa de Vitor Gabriel da Silva Santos de um pedido de revogação da sua prisão preventiva decretada pela acusação de participação na morte do policial civil Jerre Adriano dos Santos Ribeiro, de 48 anos (foto), que foi executado com três disparos durante uma vaquejada na cidade de Cajazeirinhas, na madrugada do dia 9 de setembro.
A decisão foi publicada na manhã desta terça-feira (10) à qual o Blog do Naldo Silva teve acesso.
Além de Vitor, também encontram-se presos outros dois suspeitos do crime: Jorge Henrique dos Santos Fernandes e Gabriel Sarmento Bezerra. Apenas Erbte Davis Alves Diniz teve a prisão relaxada pela justiça. Um quinto suspeito continua foragido.
No pedido de Vitor Gabriel, ele alegava que tem saúde frágil, apresentando constantes crises de vesícula, razão pela qual se submete a diversos atendimentos médicos na UPA e no HRP de Pombal.
Conforme a acusação, no dia do crime, o policial foi morto quando saía de uma vaquejada em Cajazeirinhas, e ao se deslocar ao estacionamento do evento avistou um carro HB20 com quatro ocupantes trafegando em alta velocidade.
Diz que Jerre Adriano acenou para que o condutor do automóvel parasse, vindo o motorista a obedecer a ordem. Em seguida, o motorista, que seria Jorge Henrique, teria perguntado o que a vítima queria, mostrando, em seguida, uma arma de fogo e, quando a vítima mencionou que era policial civil foi alvejada com tiros no rosto e teve sua arma levada levada pelo autor dos disparos, que fugiu do local logo após.
Para o juiz José Emanuel, os fatos que justificaram a decretação da prisão mostraram-se adequados à gravidade concreta do crime, em virtude da forma como a vítima foi executada.
“Além do mais, a periculosidade dos investigados encontra-se evidenciada pela conduta adotada após a prática delitiva, haja visto que, segundo testemunhas, os acusados saíram atirando para cima e chegaram a disparar contra um posto de gasolina”, diz um trecho da decisão.
“Apesar da alegada condição pessoal favorável do investigado, como profissão lícita, endereço fixo, primariedade etc, isto, por si só, não assegura o direito à revogação da prisão temporária. Pela mesma razão, não há que se falar em possibilidade de aplicação de medidas cautelares diversas da prisão”, concluiu o magistrado.
Decisão idêntica já havia sido tomada pela juiz Osmar Caetano Xavier, no dia 22 de setembro, contra o suspeito Gabriel Sarmento Bezerra.
Exceto Jorge Henrique – que se entregou à polícia em João Pessoa, e confessou que foi ele o autor do assassinato – todos os demais acusados negam participação na morte do policial.
Blog do Naldo Silva