No dia em que Lagoa comemorou 60 anos de emancipação política, uma denúncia grave de que um ato de censura teria acontecido, e com ordem de uma figura política local, foi feita pelo sindicato dos servidores públicos do vizinho município: a de que um carro de som, com mensagem crítica à atual administração, foi impedido de circular na cidade.
O episódio foi revelado pelo advogado Admilson Leite Júnior, assessor jurídico do sindicato, em entrevista ao “Liberdade Notícias”, da rádio Liberdade FM, na tarde desta quarta-feira (22).
O advogado classificou o fato de “absurdo” e informou que vai apurar de onde partiu a ordem e denunciar os responsáveis.
“Não é possível que a gente, agora, esteja voltando ao tempo do coronelismo, em que queira, simplesmente, retirar a voz, até mesmo do servidor, de poder trazer a público a sua manifestação de desagrado em razão de descumprimento da legislação do nosso país”, desabafou Admilson.
Ele se referia à falta de diálogo reclamado pelo sindicato por parte do atual governo, comandado pela prefeita Maria Rodrigues Linhares (Socorro de Biró), que informou não dispor de nenhum dia em sua agenda para receber os representantes da entidade para dialogar sobre o pagamento do rateio dos recursos repassados para a educação.
Segundo o sindicato, Lagoa é o único município da região que não paga, espontaneamente, o terço de férias aos servidores locais, exceto professores, sendo necessário que ações judiciais sejam ajuizadas para assegurar o direito dos funcionários.
“Lagoa faz parte do Brasil e não uma República independente, para de repente um rei ou um monarca, venha determinar quando as pessoas têm o direito a se manifestar”, atacou o advogado (OUÇA ABAIXO):
Blog do Naldo Silva