O vereador pombalense Romero Freitas (PL-foto) foi a primeira voz oficialmente contrária à proposta defendida pelo colega Josevaldo Feitosa (PSB), que na semana passada – em entrevista ao jornal “Primeira Hora”, da Liberdade FM – anunciou que apresentará à Câmara um abaixo-assinado da população do município (com coleta já iniciada), pedindo a redução dos salários dos parlamentares locais, prefeito e vice a partir de janeiro de 2021.
A ideia do socialista é fixar em 15 salários mínimos o vencimento mensal do (a) futuro (a) prefeito (a) pombalense, o que corresponderia a R$ 15.675, em valores atuais. Desde 2011 que o salário do gestor pombalense é de R$ 20 mil mensais.
Para o vice-prefeito, Josevaldo pretende definir a remuneração em sete salários mínimos (R$ 7.315) ante os atuais R$ 10 mil pagos ao ocupante do cargo.
Já para os vereadores – que atualmente recebem R$ 6.500 mensais – ele propõe que passe a ser de quatro mínimos (R$ 4.180) ou cerca de 35,6% a menos.
O presidente do Poder Legislativo passaria a receber cinco salários mínimos (R$ 5.225, hoje), e não R$ 9.900 como é atualmente.
Na última segunda-feira (16), também em entrevista ao jornal “Primeira Hora”, Romero Freitas disse que não concorda com a redução, mesmo reconhecendo que vereadores em Pombal recebem um “bom salário”.
Para ele, a redução dos vencimentos não trará vantagens para o município, pois o mesmo valor do duodécimo (repasse mensal que a prefeitura faz ao Legislativo) seria o mesmo e sobraria dinheiro ao final de cada mês e ano, “ficando a critério do presidente da Câmara Municipal aplicar no próprio Poder ou devolver aos cofres da prefeitura, o que não obrigatório”.
Romero ainda disse que a redução dos salários poderia afetar a classe mais pobre que recorre aos vereadores em busca de ajuda e muitas vezes é assistida por eles, “que tiram do próprio bolso”.
De forma indireta, Romero cutucou Josevaldo Feitosa perguntando porque ao invés de reduzir o salário, quem o defende não doa o valor recebido a mais para alguma entidade da cidade.
O parlamentar, porém, pediu mudanças na forma de trabalho da Câmara, defendendo que seja obrigatória uma carga horária diária, além de aumentar os dias de sessões ordinárias e a redução das férias dos atuais 45 para 30 dias.
Blog do Naldo Silva