Mais uma pesquisa eleitoral em Paulista é suspensa pela justiça por suspeita de fraude

O juiz Rúsio Lima de Melo, da 69ª Zona Eleitoral em São Bento, concedeu liminar e determinou a proibição da divulgação de umas das pesquisas eleitorais previstas para serem divulgadas nesta quarta-feira, dia 11, sobre a sucessão municipal em Paulista. O levantamento que fica impedido de ter os números tornados públicos é do instituto IMAPE, contratado pelo site “Portal do Litoral”, de João Pessoa.

O Blog do Naldo Silva apurou que o pedido da suspensão da divulgação partiu da coligação “Paulista Unida pelo Futuro”, do candidato Lucas Pereira (PSB), alegando que a pesquisa está maculada por numa série de vício insanáveis, citando informação falsa quanto à data das entrevistas; questionário efetivamente aplicado diverge do declarado no sistema da justiça eleitoral; pergunta sobre candidato associado a terceiro com induzimento de resposta mediante a transferência de voto; viés geográfico: concentração de entrevista em determinado local e ausência de diferenciação entre zona rural e zona urbana; erro na ponderação de renda, alfabetização, e gênero; fonte pública de dados desatualizada (foi usado o Censo de 2010); falta de transparência quanto ao pagamento e histórico de irregularidades do instituto e de seu representante.

Ao analisar o pedido, o juiz diz que “há possíveis irregularidades na pesquisa eleitoral, que causam óbice à divulgação” e que sabe-se que as pesquisas eleitorais têm aptidão para interferir, de alguma maneira, no processo eleitoral, notadamente na intenção de voto do eleitor; interferindo, assim, no procedimento de formação da escolha eleitoral pelo cidadão.

Além de determinar a proibição dos números, o juiz Rúsio Lima arbitrou em R$ 55 mil para o instituto e o portal de notícias em caso de descumprimento da ordem.

O mérito da Representação ainda será julgado após as partes prestarem informações requeridas pelo Magistrado.

Esta foi a 2ª pesquisa em Paulista suspensa por decisão judicial, após suspeita de fraude. Em junho, a juíza Isabella Joseanne Assunção havia tomado a mesma medida em relação aos números que seriam revelados pelo instituto “Falcão” (relembre).

Blog do Naldo Silva