A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nesta semana, o Boletim Epidemiológico de Vírus Respiratórios com dados atualizados até 27 de maio. A publicação mostra que a Paraíba registrou 1.894 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), havendo um aumento de 17% nas notificações quando comparado com o mesmo período do ano passado.
O Boletim ainda aponta 220 óbitos por SRAG até 27 maio de 2024. Desses, 54 óbitos foram por Covid-19, 40 óbitos por Influenza A, nove por Rinovírus, sete VRS, um bocavírus, um por Parainfluenza 3 . Dos 40 óbitos por Influeza A, a maioria ocorreu em pessoas da faixa etária acima de 60 anos.
Para Influenza A, as vítimas eram de João Pessoa (14), Campina Grande (05), Cajazeiras (02), Monte Horebe (02), Prata (02), Alagoa Nova (01), Bayeux (01), Conde (01), Ingá (01), Lucena (01), Malta (01), Nova Olinda (01), Patos (01), Picuí (01), Pocinhos (01), Santa Cruz (01), Santa Rita (01) Soledade (01), Várzea (01) e Vieirópolis (01).
Para rinovírus, residiam em: Camalaú (01), João Pessoa (03), Juripiranga (01), Mamanguape (01), Mari (01), Montadas (01) e Sousa (01), com idade entre 3 e 93 anos.
Para vírus sincicial respiratório (VSR) em Alagoa Grande (01), Bayeux (01), João Pessoa (03), Santa Rita (01) e São José de Piranhas (01), com idade entre 2 e 84 anos.
Para Bocavírus, a única vítima residia em Campina Grande (55 anos). Para Coronavírus (uma morte), morava em João Pessoa (79 anos). Para parainfluenza 3 (01), residia em Santa Rita (94 anos).
Para parainfluenza 3 (01), residia em Mato Grosso (8 anos). Para Rinovírus + Adenovírus (01), residia em Aparecida (13 anos), e para Rinovírus + VSR (01), residia em Santa Rita (4 anos).
Outros 19 óbitos seguem em investigação de pessoas que moravam em Aguiar, Alagoa Nova, Campina Grande, João Pessoa, Monteiro, Patos, Piancó, Picuí, Pombal, Santa Luzia e Sapé.
O órgão reforça a necessidade dos cuidados de rotina, bem como a importância da vacinação, sendo uma maneira eficaz para evitar agravamento dos casos e óbitos.
De acordo com o boletim, foram realizados 832 exames de RT-PCR para os casos de SRAG no Estado, havendo uma maior predominância do vírus Influenza A na faixa etária menor de 5 anos com 29,36%. Para o Vírus Sincicial Respiratório, o registro de maior incidência se deu em menores de 1 ano com 73,90%, e para Rinovírus predominou o grupo menor de 5 anos com 68,21%.
A chefe do Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas (NDTA) da SES, Fernanda Vieira, destaca que, historicamente, é comum o acometimento de doenças respiratórias durante o período chuvoso, e que para diminuir a circulação dos vírus é importante estar com a caderneta vacinal atualizada, especialmente os grupos mais vulneráveis.
“Precisamos reforçar os cuidados necessários para evitar a transmissão desses vírus, como manter ambientes bem ventilados, com janelas e portas abertas; Manter as mãos limpas através da lavagem das mãos ou uso de álcool em gel 70%; Higienizar com frequência os brinquedos das crianças e não compartilhar objetos pessoais como os talheres, toalhas, pratos, copos e garrafinhas. As pessoas que estiverem doentes com quadro respiratório devem praticar a etiqueta respiratória, usando máscara. São medidas simples que aliadas à vacinação em dia podem diminuir a disseminação dos vírus respiratórios e proteger a população de forma geral”, ressaltou.
A SES reforça que a Paraíba está abastecida com os imunizantes que contemplam Influenza tipo A e tipo B e que, atualmente, ocupa a 2ª posição no Ranking Nacional de Cobertura vacinal, com o percentual de 43,75% de cobertura na meta de 90% do público alvo, preconizada pela Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza. Dentro do público alvo está a população mais vulnerável aos vírus respiratórios que são crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias); trabalhador da saúde; gestantes e puérperas e idosos com 60 anos ou mais de idade.
Blog do Naldo Silva com Secom – PB