O juiz José Emanuel da Silva e Sousa, da 3ª Vara da comarca de Pombal, condenou à pena de 29 anos e 2 meses de prisão em regime fechado o autor de um latrocínio (roubo seguido de morte) praticado no dia 16 de fevereiro de 2018 contra o professor Ciromar Santana De Almeida (foto abaixo), de 70 anos.
Em sentença que ainda sera publicada no diário oficial – mas que o Blog do Naldo Silva teve acesso em primeira mão – o magistrado diz que não há dúvidas da autoria do crime, praticado por José Wilker dos Santos Sousa (foto da capa), no apartamento da vítima, ao lado dos Correios, no centro da cidade.
O próprio réu confessou em juízo que matou Ciromar usando meias para amarrá-lo e amordaçá-lo para roubar objetos do interior da moradia, sendo um aparelho de TV, dois celulares, um home theater, um ferro de passar roupa, um radio e a quantia de R$ 180,00.
De acordo com José Wilker, ao amordaçá-lo sua intenção não era matá-lo, “mas apenas evitar que ele gritasse” enquanto consumava o roubo.
Também afirmou que quando presenciou a vítima sem respirar ainda fez respiração boca a boca, “para ele poder reagir ele, para reanimá-lo novamente” e “pensou que ele [Ciromar] não estava morto, mas apenas brincando”.
O crime foi cometido numa sexta-feira à noite, mas só foi descoberto no domingo após familiares sentirem sua falta e vizinhos sentiram um forte odor no local.
Câmeras de segurança no prédio onde ele morava ajudaram na identificação dos autores do crime, que foram presos pela polícia militar.
José Wilker contou com a ajuda de Luiz Carlos da Nóbrega Segundo para levar os objetos roubados do professor.
A Luiz Carlos, o juiz José Emanuel aplicou pena de 2 anos de reclusão, sendo substituída por prestação de serviços. O magistrado entendeu que o acusado atuou apenas no segundo crime, não tendo participação na morte de Ciromar.
“Nenhuma excludente de ilicitude ampara a bárbara atitude do acusado [José Wilker] que, com o objetivo vil de subtrair objetos do idoso Ciromar Santana de Almeida, ceifou a vida humana”, diz o juiz.
O assassino está preso no presídio regional da cidade de Patos e só poderá requerer progressão da pena após cumprir cerca de 18 anos em regime fechado, já que o mesmo não é primário e o crime de latrocínio é hediondo, dificultando o direito de liberdade do condenado.
Blog do Naldo Silva