O “pente-fino” realizado pelo governo federal desde 2016 nos benefícios previdenciários em todo Brasil resultou em cerca de 700 mil cancelamentos de pagamento de auxílio-doença e aposentadorias por invalidez.
De acordo com o próprio INSS, a cada duas pessoas que passaram por perícia uma teve o pagamento suspenso ou cancelado.
Em Pombal, um desses atingidos quase morria após receber a informação do cancelamento.
A informação exclusiva foi divulgada nesta terça-feira (04) no jornal “Primeira Hora”, da rádio Liberdade FM, de um agricultor de 42 anos, de pré-nome “Francisco”, que mora no centro da cidade, e passou mal ao saber da decisão do INSS.
Na manhã de segunda, ele procurou o escritório do seu advogado, Jaques Wanderley, e precisou ser socorrido pelo SAMU para o hospital regional local.
Ao falar sobre o caso no informativo radiofônico, Jaques criticou o critério adotado pelo órgão previdenciário.
“A forma como são feitas as perícias mostra a fragilidade do critério adotado pelo INSS, que convoca a perícia com o único objetivo de suspender o benefício, independente se a pessoa está doente ou não”, disse o advogado, destacando que existia decisão da justiça federal determinando que o auxílio fosse mantido enquanto a doença persistisse no agricultor.
“É uma vergonha o que está acontecendo”, endossou.
Jaques Wanderley informou que impetrará uma Ação de restabelecimento de benefício na justiça federal, contra o ato do INSS.
OUÇA DECLARAÇÃO DO ADVOGADO:
Blog do Naldo Silva