O Fantástico da Rede Globo mostrou neste domingo (23) os detalhes da ação de uma quadrilha que explodiu o presídio PB1, em João Pessoa, no dia 10 de setembro.
Imagens do circuito interno da Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves Abrantes, mostram o momento em que aconteceu a explosão no portão principal do presídio e consequente fuga de 92 detentos.
O Fantástico teve acesso aos vídeos e mostrou como os presos conseguiram explodir o portão e fazer essa fuga em massa.
As imagens mostram que um homem chega sozinho em frente ao presídio, com uma mochila e fortemente armado. Ele larga os objetos no chão, aciona o explosivo no portão e corre. No vídeo, é possível ver a explosão por dois ângulos diferentes: do lado de fora do presídio e da parte interna.
Outras imagens de câmeras de segurança mostram que o grupos de pelo menos 20 anos, em quatro carros, chegam no local. Eles se posicionam estrategicamente para atirar contra as guaritas.
Em menos de dez minutos, os suspeitos conseguem invadir o presídio e chegam ao pavilhão 2. Os suspeitos entram, vão até a cela onde está o Romário Gomes Silveira, conhecido como Romarinho, arrombam o cadeado e fazem o resgate. Romarinho pega uma arma e sai junto com os presos. Depois disso, os outros detentos começam a abrir outras celas e todos fogem pelo portão lateral da penitenciária.
Na ação, 92 presos fugiram do PB1 e até esta segunda-feira (24), 43 ainda não havia sido recapturados, entre eles, Romário Gomes. O presídio tem capacidade para 660 presos e atualmente tinha cerca de 680 detentos, conforme o secretário Sérgio Fonseca. De acordo com o sistema Geopresídios, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a unidade prisional tinha 681 presos em 644 vagas. Segundo a Seap, “a quantidade de agentes no local era suficiente para fornecer a guarda do PB1, foi uma ação pontual”.
Segundo o secretário de Administração Penitenciária da Paraíba, Sérgio Fonseca, a ação dura cerca de 15 a 20 minutos, com um intenso tiroteio, fazendo com que os policiais recuassem. Um dos agentes das guaritas tenta entrar em contato com alguém e diz: “urgente, tão cercando aqui o presídio. Urgente, tão atirando aqui, tão atirando”.
A polícia acredita que a explosão no portão principal tenha acontecido para confundir a segurança do presídio, já que a entrada do grupo e a fuga dos presos aconteceram pelo portão lateral da penitenciária.
Alvos do resgate
Segundo o secretário de Segurança e Defesa Social da Paraíba, Cláudio Lima, o foco principal era resgatar quatro homens que foram presos no mês de agosto em Lucena, na região metropolitana de João Pessoa, após um ataque a um carro-forte.
Romário Gomes Silveira era o alvo principal do resgate no PB1. Ele, Antônio Arsênio e Ivanilson Pereira de Macedo também fugiram. Livaci Muniz da Silva ficou na penitenciária e não foi resgatado. “Ele [Romário] participou de uma ação recente, a explosão do carro-forte, e já utilizava esse tipo de armamento”, disse o secretário Sérgio Fonseca.
Nenhum deles foi recapturado. Eles são acusados de integrar uma quadrilha que atua em todo o país na explosão de caixas eletrônicos e carros-fortes.
FONTE: Fastástico – TV Globo