Sem demonstrar arrependimento, o segurança Franciélio Lima Vital (Branco), autor da morte da policial militar Aline Ribeiro de Araújo, aceitou revelar detalhes do homicídio contra sua ex-esposa, fato acontecido na cidade de Tuparetama (PE).
Após resistir em falar, ele aceitou conversar com o Blog do Naldo Silva, na presença do seu advogado Evandro Queiroga, poucos minutos após ser preso na tarde desta quarta-feira, pedindo, no entanto, que sua fala fosse colocada na íntegra, sem cortes do que revelou.
O único arrependimento, disse ele, “foi de ter ficado com ela [Aline]”.
“Branco” contou que saiu de Pombal para Patos, onde alugou um carro e foi ao encontro da vítima, com quem, segundo ele, ainda mantinha um relacionamento, mesmo após dois anos separados.
O motivo do crime teria sido a descoberta de que a policial estaria com outro relacionamento, com um militar na região onde morava.
O assassino afirmou que pegou mensagens e ligações de Aline com esse colega e teriam iniciado uma discussão.
Ainda disse que ela teria tentado atirar contra o mesmo, “mas a arma falhou”, momento em que ele teria tomado a pistola dela e efetuado os dois tiros que causaram sua morte.
Logo após o crime, ele fugiu de volta para Pombal, onde desmontou a arma e a escondeu.
Porém, ele não escondeu o celular da vítima, que foi achado pela polícia ao fazer buscas em sua casa, no bairro Nova Vida,, fazendo com que não conseguisse negar a autoria do homicídio.
Ele deverá responder por feminicídio (crime cometido contra a mulher em razão do gênero) que prevê pena de 12 a 30 anos de prisão e a progressão da pena só poderá ser concedida após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da condenação aplicada.
Ele já foi transferido para o Pernambuco, ficando à disposição da justiça daquele Estado.
Branco já respondia a um processo na comarca de Pombal, por ter agredido Aline no ano passado, em Pombal.
Do relacionamento do casal, nasceu uma filha, hoje com três anos de idade.
OUÇA ABAIXO O ÁUDIO DA ENTREVISTA CONCEDIDA AO BLOG DO NALDO SILVA
Blog do Naldo Silva