Radialista Fabiano Gomes é preso, por suposto envolvimento com corrupção em Cabedelo

O radialista e empresário Fabiano Gomes (foto) foi preso, na manhã desta quarta-feira (22), durante nova etapa da Operação Xeque-Mate, que investiga desvios de dinheiro público e fraudes na administração do Município de Cabedelo, Região Metropolitana de João Pessoa.

Ele foi conduzido para a sede da Polícia Federal no início da manhã, por força de mandado de prisão preventiva.

Deflagrada em abril deste ano, a Operação Xeque-Mate foi motivada, segundo a Polícia Federal, por uma denúncia de que o prefeito Leto Viana teria forçado vereadores a assinarem cartas-renúncia. Caso algum deles votassem contra as intenções da gestão, o documento seria protocolado. Por se arriscarem a assinar as cartas, os vereadores recebiam dinheiro e outros benefícios.

Entre as decisões da Câmara alinhadas à vontade do prefeito, estaria o veto à construção de um shopping center na cidade. As investigações apontaram que esse esquema teve a participação de Fabiano Gomes. Conforme divulgado pela PF, o radialista teria sido uma das pessoas responsáveis por repassar quantias financeiras. Na época, Fabiano Gomes disse em nota à impressa que estava “colaborando com as investigações e à disposição dos órgãos competentes”.

Além dessas “trocas de favores” entre empresários, Prefeitura e vereadores, a Operação Xeque-Mate apura que ao menos R$ 30 milhões teriam sido desviados dos cofres públicos de Cabedelo, a partir do loteamento de cargos fantasmas, doações de terrenos com avaliações fraudadas e utilização de laranjas para ocultação patrimonial.

OUTRO LADO:

A defesa do comunicador Fabiano Gomes esclareceu que ele foi conduzido à sede da Polícia Federal, em João Pessoa, na manhã desta quarta-feira (22), por uma única razão: para prestar esclarecimentos sobre o descumprimento de uma das medidas cautelares decretadas contra o cliente na Operação Xeque-Mate.

“Uma das medidas cautelares determina que Fabiano compareça, uma vez por mês, para assinar documentos na Justiça. Neste mês de agosto, por conta de dias de atraso no comparecimento, a Justiça compreendeu o ato como desobediência”, explicou o advogado Rembrandt Asfora.

FONTE: Portal Correio